Os desafios actuais criados pela pandemia pela COVID19 levaram a uma adaptação das famílias. As mães de Portugal que, como sabemos de estudos anteriores, são as que têm menos tempo para si, são agora desafiadas a conciliar o trabalho em casa ou no exterior com a adaptação a novos meios tecnológicos, com gestão de crianças em casa e o acompanhamento das mesmas nos seu trabalho escolar, com tarefas domésticas redobradas, com a gestão de familiares dependentes por vezes à distância, lindando com todos os constrangimentos que o medo em relação à doença acarretam.
Ser mãe na sociedade como a conhecemos, exigente, competitiva e implacável na crítica e no julgamento, nunca foi tarefa fácil. Hoje, em que se somam as tarefas e se subtraem os apoios disponíveis, ser mãe em tempos de confinamento é uma tarefa que roça o hercúleo, digna das mais bravas heroínas.
Para todas as mães, incluindo as recentes mães que recebem nos braços as suas crianças longe da família e dos amigos, vivendo o pós-parto mais sós e privadas da socialização direta com os seus entes queridos, estamos juntas. A missão nobre que nos une de criar indivíduos autónomos e plenos para a sociedade assume nos dias de hoje a maior expressão de amor que poderia existir. Altruísmo, afeto, perseverança e abnegação, valores de mãe, é tudo o que mais falta faz aos adultos de hoje. Obrigada, mães, por colocarem o bem-estar dos vossos filhos acima de tudo o resto e por construírem, cada uma no seu lar, os adultos de amanhã.
Feliz Dia da Mãe!